Ele subia no pé de goiaba, não tinha medo de altura nem do bicho. Apanhava uma, duas, três frutas, não me contentava catava já logo dez, sendo que dessas a maioria tinha o maldito bicho da goiaba, mas isso não era empecilho e sim desafio...
Passava duas, quase três horas às vezes só em cima da árvore, saboreando o momento, uma coisa tão singela e deliciosa. Precisava de pouco pra ser feliz.
O corpo já não agüentava mais segurar por tanto tempo aquele molequinho magricela em cima do pé... Então ele descia, com o estômago cheio...Como era bom catá goiaba.
Chegava o final da tarde, o sol já não era tão quente, ficava ele em beira ao meio fio contemplando a visão, o sol sorria sempre e a noite caia e trazia paz.
Não tinha hora certa pra voltar pra casa, não preocupava com horário ou compromissos do dia seguinte, era o momento que importava. Vivia um dia de cada vez.
Pra ter o bastante era necessário apenas aproveitar, não havia pressão por resultados, o que havia era uma necessidade de se aventurar pra ver no que ia dar.
Então, o horário do bom sono se aproximava, leve e feliz ele ia se deitar, ajeitava com a cama sempre do mesmo jeito, e descansava o corpo, já que a mente não era “corrompida”.
Seus sonhos eram calmos e sem muita pretensão, na maioria das vezes refletia seu dia a dia, tão agitado, mas pouco corrido.
As suas verdadeiras preocupações era o dever de casa, tão simples de fazer, mas tão chato.
Na escola, ele agitava, nem se preocupava se ia repetir de ano ou não, e sempre deixava pra passar de ano no último bimestre.
Acreditava ele, que sua cidade vivia infestada de seres de outros planetas, raças maliguinas e que devia os deter a qualquer custo, então, tudo era motivo pra ele acreditar que salvaria as pessoas dos perigosos seres...(hauahuahuaa).
Seus dias buscavam por mistério, até que ele inventava histórias, aquilo dava certa emoção e sobre naturalidade.
A idade que tinha nada tinha a ver com a pureza dos fatos, em volta haviam coisas chatas a se ver, a se pensar, mas ele preferia manter o foco no que fazia ele ser feliz e livre.
Lembro dele dizendo que quando fosse adulto queria abrir uma loja e vender tudo de graça, talvez isso demonstrasse a vontade de fazer caridade, mas claro, nem imaginava ele que isso seria improvável a não ser que ele fosse muito rico, que não foi o caso e não faz parte da realidade.
Não havia necessidade de resolver tudo, nem de fugir de tudo, a vida não era tão dura e os dias eram recheados de surpresa e criatividade.
Quando não tinha muito que fazer pegava sua magrela (bicicleta) e ia dar umas voltas, sempre observando tudo, e ele adorava quando acabava aquela chuva e toda rua ficava molhada, dava cada derrapada, era um louco, uma criança.
WolfY
Ki gracinha!!!! Deu vontade de tomá suco de goiaba...e ver alienigenas. haushaushauhsa
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