segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

...E paro pra sentir as idéias que fluem, construídas em lembranças, mantidas pela queda e fortalecidas por alguma fé.

Vivendo com uma “bomba” presa ao coração. O limite, um estouro, a vida por um fio...
Uma razão que persegue por anos, um prazer momentâneo.

Coisas feitas pelo coração, um sorriso por segundos, uma raridade que salva.
Será que há algo em absoluto?

Sei lá, às vezes algo passou despercebido, pode trazer coisas até então impossíveis de acontecer e tudo se torna alcançável.

...E paro pra lembrar, alguns sentimentos que volta, tal amor que sinto, para tudo que eu faço há algum resquício que faz recordar.

Começo a desconfiar que com o tempo as coisas não passem, mas com o tempo destruímos coisas...

Às vezes as mais belas coisas se tornam drogas, viciam como tal, ao mesmo tempo pode ser um remédio ou uma “bela” ilusão. O vazio por vezes parece diminuir o vazio por vezes parece aumentar.

wolfY


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010



Desde muito cedo cobre de eu mesmo tomar atitudes diferentes pra influenciar pessoas próximas a mim, tentar mostrar de alguma forma que era possível viver de um jeito não normal.

Quanto a mim eu esquecia que também fazia parte de uma maioria.

Esquecia das coisas boas que tinha por perto e que não era pecado nenhum às vezes eu ter atitudes de pessoas normais... Qual o motivo pra que eu me considerasse tão a parte de tudo?

Quando as coisas começam a ficar sem saída aí vem logo as analises, as observações e os erros que cometi que até então pareciam imperceptíveis...

Não que eu me arrependa, é justo eu estar onde estou e como estou todos nós sofremos com as conseqüências, e aprendemos de certa forma a pensar no futuro como algo importante.

É difícil manter-se com fé o tempo todo, acreditar que de alguma forma tragédias tragam algum tipo de evolução e mudança. Não existe outra forma a não ser tentar, se cobrar ao máximo e se perdoar.

As coisas se desgastam, os caminhos ficam esburacados e parece que às vezes os atalhos são a melhor saída, mas nem sempre funciona assim.

Existem perdas para outros ganhos, e é complicado se desprender daquilo que um dia te fez muito feliz, parece uma droga, algo que vicia a alma e a torna dependente de tudo aquilo que se foi.

Eu acreditei por muito tempo que o passado era o lugar mais seguro para que eu me escondesse do presente até então pífio... Mas quanto mais eu me escondia mais as coisas boas que eu tinha iam desaparecendo e eu não enxergava isso...

Parece que sempre há algo bom por perto que nos salve, mas e os olhos estão sempre abertos pra notar isso?

A perda traz dores, conseqüência, e vemos que vivemos dopados e alienados, por mais que estejamos fazendo coisas boas, sempre há algo em alerta.

O equilíbrio é a chave de tudo, não podemos nos doar tudo pra uma coisa e esquecer outras.

Agora fico com o olhar distante perplexo com a minha própria queda, mas não quero fechar os olhos totalmente, sei que existem coisas boas por aí, coisas ao redor e coisas que posso buscar, não posso cometer o mesmo que erro de antes.

Mas a cada dia que passa fica mais afunilado...

Parte muito meu coração não poder ver, ter, conversar... Uma pessoa que me fez tão bem, que me trouxe tanto ensinamento, tanto amor e simplesmente preciso enterrar tudo e ir embora.

WolfY






domingo, 24 de janeiro de 2010




Eu sento aqui em frente a essa tela e tento colocar minhas idéias em ordem. Minha mente tão saturada e complexa faz perceber que às vezes um simples silêncio corrige tudo.


Entro numa página minha antiga de fotos na internet e vejo abaixo das fotos textos, e as lamentações sempre eram as mesmas, e isso faz perceber que às vezes agir com calma corrige tudo.


Disseram a mim que uma semente plantada é uma semente plantada, por mais que as coisas percam um pouco de essência, a semente está lá e isso faz o coração bater mais forte quando estamos tristes.


Desloco meu olhar pra cá pra lá e vejo quase tudo que via antes, mas agora é mais maduro é mais fato que imaginação e isso me deixa de certa forma perplexo. A lógica que sempre segui está caindo como se fosse um castelo de areia sendo derrubado por crianças.


Na verdade algumas curas se obtêm com certa destruição. Planos já não são os mesmos, destinos, escolhas, pessoas, tristezas...


De alguma forma eu fugi de uma parte de passado tenebroso, quando isso ocorreu achei que eu tinha me livrado... Mas o tempo e/ou minhas decisões erradas fizeram que o presente até então se tornasse algo nostálgico. É como se viajássemos em direção ao um lugar e deixamos a felicidade presente se esvair.


Percebo que por mais que eu tenha bons motivos e boas intenções geram-se efeitos colaterais e nem sempre consigo consertá-los é uma luta diária...


Muita coisa implica em situações que não consigo controlar, por quantas vezes minha consciência estava certa, mas só fui ver isso depois dos “destroços”.


Fui moldado por uma ilusão, até certo ponto funcionou, me trazia esperança me fazia sentir vivo cada dia mais... Aí veio a verdade e caí na real. O que sobrou disso: Fotos e lembranças.


Eu me pergunto: Eu amadureci?...
Quem amadureceu durante o tempo do “afastamento”?
Hoje posso dizer sou um ser mais inseguro do que antes...


Eu vou tentar ficar alguns dias em silêncio... Quero descobrir o que ele trará pra mim, o que fará comigo eu quero também suportar um vicio maldito... Aquele que toma conta do meu coração...

WolfY

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Lembram daquelas promessas “juvenis”?




Negativos de fotos cheios de poeira foram encontrados, trazendo tudo de volta. Somos feitos de pedaços de tempo.
Aquilo que sabíamos era o bastante pra nos manter de pé, mas queríamos mais.
As conseqüências eram leves.


Nunca imaginamos que o futuro seria tão cruel com alguma essência que deixamos...
Acostumamo-nos com a distância, mas não deixamos de lembrar e isso nos leva aos dias que se foram, de forma que preenche algum vazio...


Enquanto alguns se ludibriavam de desejos corporais e até “inocentes” eu caçava o irreal.
Enquanto alguns se conformavam em ficar atolados na incerteza... Eu enxergava algo no além.
Enquanto minha ilusão trazia a ficção pra realidade eles construíam um futuro normal.
Enquanto havia certa diferença trazia igualdade à amizade, passado algum tempo todos estão perdidos.


Algum “profeta bêbado” me disse que se perder é bobagem... Então, sou eu vivo de bobagem?


Não havia modo algum de conseguimos nos manter unidos, mais cedo ou mais tarde nossas ilusões seriam quebradas pela cruel realidade movimentada pela grande massa.


Agora aqui estamos talvez o que está preso no passado lá deva ficar tudo que vivemos foi o que fizemos.

WolfY

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Pego meu violão faço pequenas melodias (algumas que me trazem tudo de volta)...Tento ensaiar algumas músicas...


Cada nota me traz uma sensação, algumas vezes dá vontade de desistir, mas desistir do quê exatamente? Algo que ainda nem comecei ao certo...
Às vezes quero ficar sozinho grudar no meu violão e esquecer o mundo, mas uma corda faz um som e já começo a pensar em tudo!


Desafio minha mente, tento rever meus conceitos, tento concentrar em resolver meus problemas ao invés de pensar na fraqueza das pessoas.


Uma coisa que me relaxa me “destrói” ao mesmo tempo e não me vejo tão diferente das outras pessoas.
Meu violão desafina aperto as tarraxas aqui e ali, até que consigo afinar, toco um C com am7 traz um som que me leva a anos atrás, aqueles nos quais um dia achei que fossem difíceis...
Adoeça com a rotina, morra sem ela...


Mais tarde abro meu MSN, deparo com uma mensagem off line de uma amiga dizendo algo “do nda”: “Um dia as pessoas te decepcionarão”...É algo realista e conformista. Mas é verdade!
Talvez não seja bom buscarmos tanto a profundidade das coisas, mas de alguma forma é isso que te traz pensamentos e conquistas diferentes.
Dependemos ou não das pessoas? Ninguém faz nada sozinho? Ou será que nosso próprio espírito é tão fraco assim?


Vivemos drogados com pensamentos, com conformismo, com excesso de realismo, com correria que nos deixam com olheiras que demoram 50 anos pra saírem de nosso corpo.
Num dia que estive gripado com pensamentos não tão bons, olhei pela janela e simplesmente vi o céu azul, aquilo que me curou...


Buscamos tanta coisa e o que nos salvão são coisas simples que sempre tivemos a volta...Mas somos tão burros que enxergamos isso somente na necessidade...Por falar nisso parece que fazemos as coisas mais por isso do que pelo sonhos e pela vontade...Se for olhar somente para um lado somos lamentáveis.


Bom, mas minhas análises não podem somente ver coisas reais e pessoas pífias...Existem coisas inexplicáveis, diferentes, imprevisíveis e salvadoras. Mas nossa alma e nossos olhos devem estar bem abertos para notar, geralmente tudo isso acontece de forma simples e singela.


Anos atrás eu queria quebrar os relógios, as pessoas, queria destruir tudo para refazer outras, mas não é bem assim, não é culpa de destino, tempo. É tudo culpa nossa, é tudo culpa minha.


Pedir pra tudo voltar, pra quê? ...

WolfY

domingo, 3 de janeiro de 2010


Preciso fazer uma receita pra tentar entender...


Seus olhos aclamam por ajuda, mas eu não consigo alcançar aí dentro.
Abro minha gaveta, ela vive cheia de cinzas, uma fumaça atravessa a mente.
Você enxerga tudo cinza.
O que é claro é apenas a luz do quarto.
Caminho de um lado e outro, vivo assustado, desconfiado, duvidoso.
Preocupação atingiu os limites do reflexo...
Vivendo de migalhas diárias, até que alguma doença a faz repensar.
Até que a dor a assuste, suficientemente pra notar as coisas boas.


Preciso fazer uma receita pra entender...


Abriram as portas, você nem tinha as chaves, qual o motivo que te prender aqui?
Espero que você tenha uma boa razão pra permanecer no caos, no inferno.
Acostumamos a dançar com o diabo...
Os anjos nos salvam em sonhos
A realidade faz perceber tudo pela razão
Mas eu não quero sentir a falta de algo batendo aqui dentro.
A diferença sendo consumida pelo extremo conformismo.


Preciso fazer uma receita pra entender...


Conto os minutos, não conto, os dias passam
Qual a diferença de imaginar algo no futuro
É tão cego quanto as incertezas diárias!
Eu nunca direi Adeus a nada...
Mas fecharei meus olhos quando for preciso focar no agora.


WolfY

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009




No dia a dia parece nada mudar, é algo que faz tão parte dos dias que se tirarem nos sentimos tão sós.
(E por que não muda?) Toda mudança depende de nós?


Pode parecer que tudo esteja tão parado, mas há algo por trás que quando conseguimos encontrar, movimentar tudo muda. Simples? Não.


Quando olhamos para fora conseguimos sonhar. Algumas vezes ficamos tão distantes do presente que esquecemos pessoas maravilhosas ao nosso lado. Quando olhamos pra dentro não esquecemos nada.
Um sonho pode ser sonhado livremente, mas a felicidade nunca é só.


Um amigo bem próximo disse a mim que o destino de tudo é virar pó. Tal como lembranças, doenças, pessoas, dias felizes, dias tristes. Talvez esteja aí o sentido de viver ao máximo cada dor, cada sorriso.


Chega o final de ano, e sempre remete a festas e reflexões. O que eu poderia ter feito, o que eu poderia ter dito, quem eu poderia ter abraçado.


Com quem vou passar o ultimo dia do ano, será que faço uma viagem, se eu for a uma festa que cor de roupa eu devo ir?


 Eu dei meu melhor de mim? Uma coisa é fato: Nenhum ano passa em branco.


Mas será que tiramos um tempo para agradecer? Será que temos a consciência de analisar as novidades que tivemos os desafios, as perdas e as vitórias.


O fato é que sempre sentiremos falta de algo que foi. Sempre algo deixará uma lembrança ou algo pra confortar ou pra ensinar.


Quando meu amigo disse que tudo acabará em pó, me veio à mente algo como uma lembrança cinzenta e é perfeitamente assim que sinto de ano em ano, sempre preciso me recorrer a cinzas para buscar sentido e paz.


Já acreditei que fossemos marionetes de algo maior, tão como destino ou Deus (seja lá que nomeação for). 


Em uma determinada época de minha vida comecei a ver que somos tudo aquilo que escolhemos e o que perdemos. Nada, além disso.


Embora nós sejamos escravos do tempo e da necessidade, não estamos tão enrolados assim.
Temos a liberdade de escolher se queremos ou não continuar algo, claro depois sofrermos as conseqüências. É fácil? Não!


Às vezes eu não entendo a falta de coragem de darmos as caras pra bater, se assim não fizermos como vamos ter um pouco de certeza. Jogamos tanta vontade pura no lixo.           
   
Fazendo uma análise fria do que foi esse ano: Desafio e distância, tristeza e ansiedade “ao cubo.”
Quanto mais vontade dar de desistir, dá vontade de escrever e deixar fluir os pensamentos.


Os dias não vão correr de mim, eles são que são. Minha mente eu controlo e mais ninguém.


Agora posso ter a certeza! A cura está perto. Fazer a paz ser absoluta enquanto permanecer luz em mim.


E obrigado a todos que me ofereceram dias repletos de luz.


Ano que vem tem mais, e o ano ainda não acabou. Apenas para o blog.


=)


WolfY